sábado, 2 de novembro de 2013

Suíça refaz pedido e Brasil vai ajudar no caso Alstom



O Ministério Público da Suíça renovou nesta semana o pedido de cooperação das autoridades brasileiras na investigação do caso Alstom, empresa suspeita de pagar propina a agentes do governo paulista para obter contratos metroferroviários. Um primeiro pedido, que solicitava interrogatórios e diligências, havia sido feito em 2011, mas acabou ignorado, segundo o Ministério Público Federal brasileiro, por "falha administrativa" — o procurador da República em São Paulo, Rodrigo de Grandis, que era o responsável pelas apurações, disse que arquivou o documento em uma pasta errada —, mas agora será acatado. No pedido, de fevereiro de 2011, o Ministério Público da Confederação Helvética apontava para o ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) João Roberto Zaniboni, que recebeu US$ 836 mil em uma conta em Zurique, valor que pode ser referente a propinas do esquema Alstom. A investigação revela que o executivo, que atuou na CPTM entre 1998 e 2003 — governo dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin —, assinou aditamentos a contratos da estatal com a multinacional que somaram R$ 11,4 milhões. Em ofício endereçado ao Ministério Público Federal em São Paulo, aos cuidados de Rodrigo de Grandis, os suíços também pediam buscas na residência de Zaniboni e seu interrogatório. Informações de Mariângela Gallucci | Agência Estado.

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